Midomi

domingo, agosto 24, 2008
Hoje eu tentava lembrar da letra de uma música, que eu SABIA DECOR (velhice!) e simplesmente não lembrava de nada. Nem uma frase inteira.

Sabia que o nome da cantora começava com a letra O. E sabia a melodia.

Ah! Música em inglês. Easy, né?

Cantarolei a música para meia dúzia de pessoas no MSN...alguns disseram não ser estranho, mas nada.

Até que procurei no google "cantarole e o programa acha"...ou qualquer coisa assim.

E não é que existe um site para isso?

Vai lá! Eu encontrei a música que eu queria. MIDOMI.

Você pode cantarolar ou assoviar!

Ah, e a música que eu gosto bem bastante e eu cantarolei, é GET HERE , da com a Oleta Adams. Eu sabia que era com O!

Eu só não sei o que acontece, não apenas com este site... tem músicas até em coreano, lá. Mas tenta achar uma brasileira, tenta!

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O Título

sábado, agosto 23, 2008
Porque será que esse título, o nome desse blog, que antes eu achava tão legal.... tão... próprio para o advertising, de repente, não tão de repente assim, ficou tão sem graça, inadequado e quase, para mim, vexatório?

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Não sei escrever poesia II - Sujo

segunda-feira, abril 28, 2008
Excita-me até meu suvaco suar
Arrepiar faz meu umbigo ardente
Mostra-me todo o desejo latente
Mas que não seja só pelo celular.

Esse verso foi um exercício proposto em aula. Escrever um verso decassílabo, sobre suvaco, umbigo ou celular. Deu nisso aí. Infantil, quase. Mas o que esperar de alguém que tá querendo escrever um versinho, para aula, decassílabo, minha gente? Aliás, eu num curtia poesia. As aulas pelo menos estão me ensinando que eu não gostava, por preguiça.
 
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Não escrever poesia I - Metade

Pela rua a menina ia
Oh! Que esguia!

Passos tranqüilos
Leves
De quem tem poucos quilos
Breves

Nunca sofreu deboche
Comida não há quem lhe entoche
Da moda foi fantoche
Podia ser apenas um broche

Mas roliça amiga queixava
E a modelo, lamentação ouviu
Toda a sociedade direito se dava
De chamá-la de barril

A fofinha sabia
Que a felicidade nunca seria completa
No espelho se ver não queria
Enquanto mantivesse a mesa repleta

Mas as orelhas fofas
O som horrível não abafaram
A notícia chegou pelas bocas
As mesmas que a enxovalhavam

Estava magrela!
Só podia dar nisso!
Se eu fosse ela
Preferia virar um chouriço!

Durante a vida
Enfraquecidas ficaram as duas
Era difícil a bebida
Quando ficavam nuas

O mesmo sonho, só uma delas alcançou
E foi tão rápido e forte!
E foi tanta a emoção!
Que não teve sorte
O corpo, não agüentou.


Era um exercício. Ver uma notícia e escrever um poema em cima. Peguei a notícia da modelo de 21 anos que faleceu de anorexia. Adaptei um pouco para a minha realidade, de gordinha.

É um texto que dedico para todas as amigas que vivem lutando contra a balança, mesmo sendo fraquinho. Um beijo especial para a Nalu. Porque está tendo coragem de viver, a despeito dos quilos a mais.

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A Gente.

terça-feira, abril 01, 2008
Quanto será que vale o tempo da gente?
Quanto tempo vale o tempo da gente perto do tempo antes da gente existir?
E o que faz esse tempo da gente diferente de antes do tempo da gente?
Quanto tempo tem a gente?
Quanto tempo a gente tem?
Meses de tempo. É o que fez nosso tempo atrasar ou o que fez nosso tempo no tempo certo?

Ví-te hoje em tempo diferente e tive medo daquele tempo.

Não tive aquele tempo. Ignorava naquele tempo. Aquele tempo hoje me escapa.

E se não houver muito tempo ainda?

E se tecido roto virar no tempo?

E se eu parasse de pensar no tempo? O tempo deixaria de ser tempo posto?
 
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Pedaços, aos pedaços.

terça-feira, fevereiro 12, 2008
Parece que tudo ultimamente, todas as conversas que tenho com as pessoas, estão conectadas.
Ou sou eu que junto tudo em mim mesmo, porque ando em fase de querer absorver de tudo, com medo que tudo acabe daqui a pouco.
***
Hoje a Dani mandou o link de uma matéria da revista Época, dessa semana, alertando para o fato de jovens conseguirem apoio e dicas para se suicidarem, via internet.
Há anos atrás, quando minha sobrinha começou a acessar a internet [ela tinha uns 13 anos e preocupava-se com um indício do que poderia vir a ser uma barriga], eu alertei minha irmã sobre sites/fóruns em que adolescentes se unem para trocarem idéias de como fazer para vomitar/emagrecer/conseguir não comer - um movimento a favor da anorexia, que para elas não é doença, mas estilo de vida.
Antes de ontem, falando com a Nalu, ela comentou sobre uma amiga dela, blogueira, que perdeu um filho vítima de leucemia, e dividia suas experiências [e acredito eu, buscava apoio] em um blog. Fechou o blog porque alguém doente fazia questão de passar por lá e deixar comentários dizendo que se ela tinha tempo para escrever em blog, então a dor dela não deveria ser tão grande assim.
É assim. Como a própria matéria da Época diz em um certo trecho, a internet não traz nada de diferente, as doenças humanas são as mesmas. Só que aqui, somos encobertos pelo anonimato.
***
Na mesma conversa com a Nalu, falávamos sobre o fato da gordura ser um preconceito socialmente aceito. No dia seguinte, fui caminhar em um parque e, durante a minha caminhada, ouví alguma coisa do tipo "Melhor caminhar mesmo", lá ao fundo, vindo de uma menina que estava dentro de um carro, atolado de gente [eu alí caminhando, e eles, de carro, dando voltinhas ao redor do parque, atormentando o exercício alheio]. Eu digo que ouví "lá ao fundo", porque tem já algum tempo que minha maior companhia de caminhada é um fone de ouvido com som bem alto. O tipo de "insulto", não é novidade para qualquer um que está acima do peso. As pessoas simplesmente se sentem no direito de, a qualquer hora, em qualquer lugar, cutucarem sua ferida. E eu achava que o problema era só comigo, mas uma amiga simplesmente deixou de pedalar porque não agüentou as ofensas*.
Veja bem, se passa alguém manco caminhando , ninguém vai gritar "ô seu manco"!
O sobrepeso é visto como um defeito... As maiores vítimas são as mulheres. Mas as maiores carrascas também. Não necessariamente porque queremos que seja assim, mas porque aprendemos a sermos competitivas...assim.
Nalu comentou uma coisa que nunca havia pensado. Há Gilberto Barros, Faustão e Datena. Apresentadores gordos. Qual mulher consegue, gorda, um porto assim na TV? Tivemos a Popovic, que está fora. Tivemos a irmã do Faustão... que nem sei o nome, sinceramente, que operou-se: cirurgia de redução de estômago.
***
E o que uma coisa tem a ver com a outra?
O foco principal da matéria da Época, é um menino, de 16 anos que se matou. Mas, a matéria cita uma garota, se não me engano, da Inglaterra, que enforcou-se depois de ser ofendida em um chat, por um menino, que dizia que ela não era nada, ela e seu peso. O ofensor, na verdade, nunca existiu. Era um personagem criado por duas vizinhas da adolescente.
***
Leio um livro com frases do Renato Russo. Em um pedaço ele fala da ironia de uma ocasião em que fazia um show, em Brasília. Enquanto cantava "Brigar para que, se é sem querer...", uma menina, que havia sido já agredida por um grupo, vê o lugar onde está ceder, cai de cabeça e morre.
***
Assisto um documentário que relaciona religião a poder. Lembro de todas as vezes em que aqueles seguidores de alguma religião, fundamentada em amor e compreensão, tentaram me forçar a acreditar em suas verdades. E não me mostrando vulnerável, me tornei mal quista. Isso porque falávamos de amor e compreensão.
***
Eu queria concluir de alguma forma este post. Mas melhor deixar aberto para que cada um encontre suas verdades e se apegue no que lhe dá força. Porque olha...vivemos dias difícies. E eu desconfio que foi assim desde a criação.
 
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sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Caixa



Abrí uma caixinha de recordações.
Cartões, os de plástico, perdiam-se em meio aos de papel, cheios de dedicatórias vindas de amorosos amigos [alguns apenas aqueles que a gente descobre depois de um tempo, serem sazonais], irmãos e amores, alguns eternos.
Hoje a caixinha me fez lembrar de tempos em que tudo era mais fácil.
Em que a coragem de arriscar vinha fácil, trazida apenas por um suspiro longo, com dúvidas e medos sempre, mas quase... inconseqüente, como todo bom rompante deve ser.
Ao longo da vida, papéis podem ser rasgados e o plástico cria peso de chumbo, pode tornar-se fator complicador.
Mas hoje a caixa rosa, ao ser aberta, deixou sair um sopro de coragem guardado e muito fortificado pelo tempo de encubação. Uma caixa de Pandora, às avessas.
Uma vontade de criar novas caixas, cheias de lembranças simples, felizes, mesmo quando terminadas tristemente.
O sorriso que nascia, a cada remexida, prova que tudo, tudo valeu.
Um sopro de possibilidades. Novas caixas que esperam ser preenchidas, porque nesta, em especial, não há mais espaço, e tem coisas, que a gente não pode jogar fora. Porque é ensinamento.

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posted by UMA MENINA DE FAMÍLIA at 10:12 PM, | 2 comments

domingo, janeiro 27, 2008
PARA VIVER UM GRANDE AMOR
Na última quinta-feira, eu e três amigas estivemos no teatro do Centro de Convivência [Campinas-SP], assistindo a peça "Para viver um grande amor", apresentada pela Cia. Ceart, de Paulínia, convidada para a 23a Campanha de Popularização do Teatro de Campinas [que ainda vai até meados de Fevereiro, com outras peças].
O musical foi construído, inteitinho, em cima da obra de Vinícius de Moraes. Com quatro garotas em cena [acompanhadas por quatro excelentes músicos], interpretação perfeita, talento e muito fôlego, a atenção da platéia ficou tomada durante todo o tempo da peça.
O fato de a peça ser interpretada apenas por mulheres, dá um tom especial. A delicadeza deve ter agradado muito o poeta, pois como é sabido, mulheres sempre foram sua grande paixão.
E justamente por ser conhecido que Vinícius teve muitas mulheres, é que o poema que dá nome à peça me chamou tanto a atenção.
Será que Vinícius teve um grande amor, que desbancou todos os outros? Será que nunca teve um grande amor? Ou será que foi um sortudo que teve vários, únicos, inesquecíveis?
Sorte nossa, grandes amores ou não, dividiu-os todos conosco em sua obra.
"[...]Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.[...]"
Se quiser ler o texto inteiro, clique aqui. Para mais de Vinícius, clique aqui.
Para os que puderem aproveitar, há peças ótimas, a R$4,00, com intervalo durante o carnaval.

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posted by UMA MENINA DE FAMÍLIA at 12:19 AM, | 0 comments